A cada 30
brasileiros, um tem hepatite. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que
mais de 2 bilhões tenham sido infectados por vírus que causa doença e 1 milhão
de pacientes morra em decorrência de inflamações no fígado a cada ano. O vírus
da hepatite é de 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o HIV, causador da Aids.
No Dia
Mundial de Combate às Hepatites Virais, na próxima segunda-feira (28/07), a
Secretaria Municipal da Saúde de São Gabriel alerta para a importância do
diagnóstico precoce da doença. Como na maioria dos casos os sintomas não
aparecem, quando detectado pode ser um sinal de que já está na fase crônica. É
importante observar os seguintes sinais: cansaço, febre, mal-estar, tontura,
enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes
claras.
A Secretaria
Municipal da Saúde, através do setor de Vigilância Epidemiológica, realiza
nesta segunda a etapa municipal do Dia Mundial de Combate à Hepatite. As
atividades acontecerão no Posto Central, em frente ao Hospital de Santa Casa de
Caridade, entre 8h e 17h. Estarão a disposição da comunidade equipes com
Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem e auxiliares de enfermagem. Além disso, a
população poderá solicitar informações pelos telefones 3237-1360 e 3237-1361.
De acordo com a enfermeira Maria Edite Antoniazzi serão disponibilizados testes
rápidos para Hepatites B e C e vacinação para a do tipo B. Mais do que
imunizar, o setor quer trabalhar a conscientização e orientação da população.
O
desconhecimento da doença aumenta o risco de a inflamação no fígado agravar-se
e provocar danos mais graves à saúde, como cirrose ou câncer. As hepatites dos
tipos A e E são transmitidas por meio do contato com indivíduo, água ou
alimento contaminados pelo vírus, isto é, estes casos estão relacionados com a
falta de higiene e de saneamento básico.
Já a
transmissão das hepatites B e C ocorre por relação sexual desprotegida, da mãe
para o filho durante o parto, pelo uso compartilhado de seringas, lâminas de
barbear, alicates de unhas e objetos cortantes, assim como os usados em
tatuagem e piercing, e por transfusão
de sangue infectado. No caso da C, a infecção pelo sexo sem camisinha é mais
rara.
O bom é que
o tratamento está disponível na rede pública de saúde, pode ter duração de seis
meses a um ano, dependendo do tipo de hepatite. Podem ocorrer efeitos
colaterais, como dores musculares e queda de cabelo, mas a taxa de abandono da
terapia é baixa.
Mas é
importante prevenir. As vacinas contra as hepatites A e B estão disponíveis em
centros de referência imunobiológica e nos postos de saúde, respectivamente.
Além das vacinas, outras medidas de prevenção podem evitar a infecção pelo
vírus, confira: Utilize água potável; Lave bem os alimentos antes de
consumi-los; Respeite recomendações relacionadas à proibição de banho em locais
impróprios; Use preservativos durante as relações sexuais; Se frequentar
estúdios de tatuagem ou manicures, fique atento a esterilização dos materiais
utilizados.
Texto: Márcio Vaqueiro/Foto: Divulgação.
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