Legenda da foto: Edifício
Othelo Rosa, situado na rua Carlos Chagas, 55, Centro Histórico de Porto
Alegre
O Ministério Público do Trabalho (MPT) marcou audiência,
para 27 de fevereiro, às 10h, na sede do MPT, na rua Ramiro Barcelos, 104,
bairro Floresta, com entidades e órgãos públicos responsáveis pelo Edifício
Othelo Rosa, que sofreu incêndio, em março de 2012. A reunião visa
esclarecimentos sobre a demora na desocupação do imóvel, bem como exigir a
apresentação de um cronograma para tanto, sob pena de adoção de medidas para a
salvaguarda da integridade física e psicológica dos trabalhadores e dos
usuários do prédio. Serão notificados para a audiência a Secretaria Estadual da
Administração e Recursos Humanos (SARH), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente
(SEMA), a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) e a Fundação Estadual
de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), o Corpo de
Bombeiros, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a Superintend
ência Regional do
Trabalho e Emprego (SRTE) e o Sindicato dos Empregados em Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Funda
ções Estaduais do
Rio Grande do Sul (SEMAPI).
Desde abril de 2012, o MPT e o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) atuam conjuntamente em relação às condições de
trabalho no prédio. Segundo o procurador do Trabalho Carlos Carneiro Esteves
Neto, “antes mesmo do incêndio, o MPT já havia instaurado inquérito civil
devido a irregularidades denunciadas no Othelo Rosa”. Após o sinistro, foram
realizadas diversas inspeções do MPT e do MTE, nas quais foram constatadas
diversas situações de risco aos funcionários que prestam serviços no prédio e
usuários. Em função disso, o MPT emitiu duas notificaç
ões recomendatórias,
uma em abril e outra em novembro de 2012, sobre providências a serem
tomadas em caráter emergencial para garantir a segurança dos trabalhadores.
Um edifício no Centro de Porto Alegre já foi
designado como nova sede das entidades afetadas. Porém, ainda não foram
realizadas medidas de ordem prática (como instalação de equipamentos,
divisórias e mobiliário) no imóvel, o que impede a mudança dos
trabalhadores, 10 meses após o incêndio. "A demora na desocupação do
Edifício Othelo Rosa, além de colocar em potencial risco a integridade dos
funcionários dos diversos órgãos e entidades que funcionam no local, bem como
dos usuários de seus serviços, cria uma situação de abalo psicológico nos
servidores, agravada ainda mais pela recente tragédia ocorrida em Santa Maria.
A expectativa do MPT e do MTE é de que o Estado do Rio Grande do Sul e os
responsáveis pelas entidades que funcionam no prédio façam a sua parte e
concentrem seus esforços no encaminhamento mais breve possível do assunto",
explicou o procurador Esteves Neto.
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