TCE e Ministério Público investigam Corsan em São Gabriel

O Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público de Contas irão investigar a Corsan em função da permanência de servidores ativos da estatal em São Gabriel, apesar do fim de seu contrato com o Município para a exploração dos serviços de água e esgoto. A informação foi encaminhada à Prefeitura de São Gabriel pelo presidente do TCE, conselheiro Cezar Miola, e a procuradora-geral substituta do MPC, Daniela Wendt Toniazzo.

A informação do fato foi repassada aos dois órgãos, bem como ao próprio presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, e ao governador do Estado, Tarso Genro. Na ocasião, o governador foi questionado sobre por que razão “funcionários do quadro ativo da Corsan seguem no Município sem qualquer atividade, onerando pesadamente os cofres do Estado, sem uma explicação plausível para sua permanência”, diz o teor do documento.

O presidente do Tribunal de Contas, César Miola, informa que determinou a inclusão desta questão nos itens a ser auditados em procedimento de fiscalização junto á Corsan. Por sua vez, a procuradora-geral substituta do Ministério Público de Contas, Daniela Toniazzo, ressaltou que a questão está sendo analisada pela assessoria técnica do órgão, para verificar que encaminhamentos serão dados.

Comentando a questão, o secretário geral de Governo, Artur Goularte, destacou como positiva a postura do MPC e TCE. “Todo indício de desperdício do dinheiro público deve ser apurado, e se servidores da ativa desta estatal estão no Município sem qualquer função, isso representa um ônus para os cofres do Estado. Um governo que tanto se queixa de crise financeira não pode se dar ao luxo de manter servidores sem função nas cidades gaúchas”, assinalou.

Matéria: Claúdio Moreira