Exposição permanece no espaço de
exposições temporárias até o dia 20 de setembro
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Poder Executivo define implantação da Coordenadoria de Políticas Para as Mulheres
A fim de garantir a vinda de recursos dos Governos Federal e Estadual,
para as Políticas Públicas voltadas à mulher, o Poder Executivo de São Gabriel
está mobilizando ações para a efetiva implantação da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres.
Ação trabalhista contra Correios, Banco Central, C...
Ação trabalhista contra Correios, Banco Central, C...: Na ação, o MPT pede o pagamento de indeni zação por dano moral de R$ 3,8 bilhões e por dumping social (prática de contratar profissionais ...
Muito além de Donadon
Na
quarta-feira, 28 de agosto, estive na Expointer o dia inteiro. Em
Brasília, a Câmara dos Deputados votou e rejeitou a cassação do deputado
Natan Donadon (sem partido/RO). 131 deputados votaram contra a cassação
e 233 votaram a favor. Para que ele fosse cassado, faltaram 24 votos (o
quórum, neste caso, é de 257). Eu teria votado pela cassação. Mesmo
assim, faltariam, ainda, 23 votos.
Em
19 de agosto de 2011 eu estava em Brasília, na Câmara dos Deputados e
votei a favor da cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN/DF). Mas
naquele dia, 265 deputados votaram contra a cassação e apenas 161 a
favor, eu entre eles. Faltaram 96 votos para que Jaqueline perdesse o
mandato.
Nesta quarta, na Expointer, discutimos e encaminhamos questões vitais como o Preço
do Leite, a Previdência Rural, a Irrigação na Agricultura Familiar,
melhorias na Vigilância Sanitária e os entraves da Exportações
Agrícolas. São por demais importantes os temas que estavam na
pauta aqui no Estado e avaliei que minha presença, ajudando a construir
políticas que beneficiassem os homens e mulheres do campo, seria útil,
adequada, importante.
Sim, eu poderia ter ajudado a Câmara dos Deputados a criar um símbolo
positivo de que homens como Donadon não têm lugar naquele parlamento.
Mas direi honestamente: não creio que se houvesse a cassação dele, os
problemas da política estariam resolvidos como faz parecer o noticiário.
Contudo, reafirmo: se estivesse em Brasília, votaria pela cassação
deste senhor que desonra o fazer político do país.
Não
por acaso, debato-me há tempos pelo fim do voto secreto e pela reforma
política. O problema da política brasileira não está em um deputado, mas
numa maioria que é eleita a partir do poder econômico de seus
financiadores que, depois, fazem os parlamentares reféns de seus
interesses. O problema não é só “o” deputado Donadon, o problema são os
muitos “Donadons” cujos mandatos não servem ao povo brasileiro, mas à
parcela rica do povo brasileiro que sustenta suas campanhas.
Ao
vir para a Expointer, posso ter me equivocado? Sim, um de meus deveres
como parlamentar é frequentar as sessões. Mas para construir políticas
importantes, que mudem a vida das pessoas, é também dever de um
parlamentar, estar com estas pessoas, ouvi-las, saber de suas
necessidades, discutir e interferir em temas que atendam a estas
necessidades.
Torço
para que a imprensa não se restrinja a apontar os que faltaram (este é
um direito inalienável dos meios de comunicação mas, nem de longe, o
único ou o mais importante) e vá mais fundo na tentativa de desvendar
porque tantos votaram contra à cassação. Mais: que ajude a sociedade a
compreender os perversos mecanismos que acabam por eleger sujeitos como
Donadon.
Por Elvino Bohn Gass
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